domingo, 26 de janeiro de 2020

CRECHE: MUDANÇAS NECESSÁRIAS EM LIMEIRA


Estive conversando com mães, pais, monitoras, profissionais da educação pública e ouço de todos o quanto é necessário que as creches abram das 6h30 às 18h00, caso contrário, fica inviável para muitos pais buscarem e levarem seus filhos. Para isso, é preciso que o Município aumente as vagas em período integral. Não é justo e não faz sentido as famílias terem que buscar suas crianças antes do fim do seu horário de trabalho.

Os funcionários fazem o que podem, mas essa é uma determinação que vem da Secretaria da Educação; não está certo. Vão dizer que não há monitoras suficientes, que não há recursos, mas não há dúvida de que isso tenha que ser uma prioridade do governo. Se caso for verdade, o correto é contratar mais monitoras ou pagar hora extra. Recurso a prefeitura tem e as monitoras merecem trabalhar o tempo de 6 horas, sem redução salarial.

Outra preocupação importante é com  a formação e valorização desses profissionais que cuidam das crianças. Para um bom trabalho é crucial que todos estejam motivados. Todos mesmo. Sejam eles monitores, auxiliares gerais, cozinheiras, assistentes sociais, diretores e professores. Eles merecem respeito, e é justamente isso que está em falta. Enquanto um motorista do fundo social ganha em torno de R$ 6 mil por mês como cargo comissionado (cargo político), esses profissionais concursados normalmente ganham menos da metade, com tamanha responsabilidade perante as crianças.

O cadastro também precisa melhorar. Antes, as mães tinham o direito de cadastrar seus filhos na creche durante o ano todo, já hoje há apenas alguns períodos no ano que isso é permitido, o que não é justo. A prefeitura precisa liberar o cadastro de crianças na creche todos os meses, além de permitir que os pais possam escolher a creche mais próxima para o filho. Tenho ouvido de mães que precisam colocar seus filhos em lugares distantes de onde moram ou trabalham. Isso tem que mudar.

São soluções viáveis que irão melhorar a educação dessas crianças, beneficiar os pais e o empenho dos profissionais da educação pública. É uma questão de respeito com todos os envolvidos nesse processo. É isso que acho importante ressaltar. Não é difícil resolver, o que falta é vontade.


Murilo Félix
murilofelix@gvmail.br

Administrador de Empresas pela FGV-SP
Política e Investimentos em Países Emergentes em Harvard, EUA
Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá
Empresário e Produtor de Plantas em Limeira e região




domingo, 19 de janeiro de 2020

TRABALHE: SEJA FAMINTO, SEJA TOLO


Muitas pessoas pautam sua vida pelo dinheiro: agem como empresários de mesa bar, contando histórias e mais histórias do que têm, do que sabem fazer ou de quem são amigos, enquanto na verdade realizam pouco. Alguns ainda desfilam com um carro que faz barulho alto, ficam a se achar mais espertos que os outros; são aqueles que sabem fazer coisas fantásticas de sexta à noite a domingo de tarde, mas não conseguem educar um filho ou sequer organizar a própria casa. Um conselho, não pense no dinheiro. Ame o que faz e trabalhe incansavelmente. Como já disse Steve Jobs, fundador da Apple, “persiga o sucesso”.

E para que aqueles que nos acham loucos simplesmente porque não estamos preocupados em ter uma imagem ou dinheiro, mas em ser alguém de fato bem-sucedido, não se preocupe. Que lhe sirva de conforto o que disse Jobs: “Isso é para os loucos. Os desajustados. (...) os que são peças redondas nos buracos quadrados. Os que veem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. (...) você pode citá-los, discordá-los, glorificá-los ou difamá-los. A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para frente. (...) porque as pessoas que são loucas o suficiente para pensar que podem mudar o mundo. São as que, de fato, mudam”.

Precisamos tomar decisões difíceis sempre. Na bíblia está escrito “seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito” (Ap. 3:16); é melhor tentarmos e errarmos do que sermos ausentes e lamentar o que nunca fizemos. Não devemos ter medo do resultado, mas perseguir o sucesso, e trabalhar muito. Quanto aos erros, recomece. O sabor do remédio pode ser amargo, mas o paciente precisa dele. Devemos ter paciência e confiar em algo, seja instinto, Deus, destino. Mas não podemos nos acomodar, precisamos nos manter famintos e tolos. Trabalho não mata, evita o tempo ocioso. Constrói. Muitos dirão que estamos perdendo a nossa vida, enquanto eles ficam a discutir a vida dos outros em mesa de bar. Não importa. O futuro irá conectar os pontos, e nós, os pacientes trabalhadores, teremos sucesso.

Murilo Félix
murilofelix@gvmail.br

Administrador de Empresas pela FGV-SP
Política e Investimentos em Países Emergentes na Harvard, EUA
Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá
Empresário e produtor de Plantas em Limeira, São Carlos e região


Steve Jobs. 1955-2011

sábado, 18 de janeiro de 2020

SOBRE A ONÇA MORTA POR ENFORCAMENTO EM ARMADILHA - POR MURILO FELIX


O crime ocorreu em São João da Boa Vista. Todos nós ficamos indignados ao ver essa notícia. Tem gente que talvez nunca se preocupou tanto com o bem-estar animal, mas nesse momento também se indignou. Nessas situações o que fazemos é pensar em soluções para punir os culpados e evitar que isso aconteça de novo. 
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Mas pouco apoio é dado aos ativistas e protetores de animais, às ONGs, instituições, veterinários, autoridades da causa animal. Eles fazem o que podem, mas a lei não é favorável aos animais. Eu, junto a outras pessoas, como voluntários da causa animal e veterinários, elaboramos o ESTATUTO DE PROTEÇÃO ANIMAL em âmbito federal. Seria um grande passo para educar as pessoas sobre a importância dos animais, assim como deixar as punições mais rígidas para aqueles que fazem maus-trados. Tivemos o apoio da Deputada Federal Renata Abreu.
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Parabenizo os dois PMs ambientais e também os quatro veterinários socorristas. São pessoas do bem, fizeram o que podiam. Para nós, mais uma história triste de maus-tratos que pode nos servir de lição de que algo precisa mudar. Precisamos nos unir pelos animais.
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Vocês concordam? Enviem um email com seu comentário. Obrigado.

Murilo Felix
murilofelix@gvmail.br

Administrador de Empresas pela FGV-SP
Ciência Política e Investimentos em Países Emergentes, Harvard, EUA
Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá



UMA MENSAGEM PARA AS FAMÍLIAS DE AUTISTAS – POR MURILO FELIX


Você sabe o que é empatia? É quando alguém entende o que o outro está passando ou está sentindo. E, conversando com pais, mães e irmãos de autistas, ouço que falta esse sentimento da Prefeitura pelo que eles vêm passando.

Os familiares reclamam que não dá pra ficar trocando o local onde eles são levados para as aulas e atendimento. Para os autistas, tudo requer muito cuidado, segundo os familiares. Isso não significa que os autistas sejam incapazes e sim que precisam de atenção dobrada. Eles têm dificuldades para lidar com emoções, não são mimados nem inferiores, podem aprender até mais do que muita gente. O que falta é apoio, é ouvir os pais e cumprir com o que se promete.

Muitas vezes, familiares sabem mais do que o professor e até mesmo mais do que o médico de como estão as reações do seu filho autista. Afinal, não há olhar mais aguçado para uma criança senão o dos próprios pais. Outro dia eu me encontrei com uma criança autista, ela não conseguia olhar de forma direta para meu rosto, mas, quando descobriu que torcíamos pelo mesmo time, olhou-me no rosto e demonstrou alegria. Vocês têm ideia do que isso significou para ele? Ter algo em comum com outra pessoa? Aquele dia me marcou.

Em Limeira, tem autista que fica sob a responsabilidade de estagiários, faltam vagas e especialistas e já houve redução na quantidade de pessoas atendidas. Mas o que vejo que está faltando é respeito. Não estão entendendo a gravidade de se perder o tratamento do autista desde a sua infância.

A SOLUÇÃO?
Gosto de pensar para frente. Temos que encontrar soluções. Limeira precisa de uma escola que tenha um sistema que integre diversos profissionais, inclusive da saúde, e que faça a interação de especialistas no tratamento e educação dessas pessoas, o chamado "Clínica Escola", que tenha como principais objetivos:

1) Ajudar as famílias a compreenderem e lidarem com o autismo;
2) Dar aprendizado e capacidade ao autista para solucionar problemas;
3) Trabalhar os comportamentos que atrapalham o aprendizado;
4) Incluir nas experiências do cotidiano, no desenvolvimento social e na comunicação;
5) Reduzir riscos no desenvolvimento psíquico das crianças;
6) Acompanhamento com médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros.

A cidade tem por obrigação garantir acesso à educação especializada para autistas sem limite de nível de instrução ou limite de idade. Os professores devem ser treinados para educar autistas, com o acompanhamento especializado, como de fonoaudiólogos, psicólogos, psiquiatras, pedagogos, neuropediatra, nutricionistas, fisioterapeutas. Além disso, deve inserir atividades complementares para ajudar essas crianças, dentre elas estão a equoterapia, a natação, o cinema para autistas, o acompanhamento alimentar, a terapia ocupacional e as terapias comportamentais.

É uma sugestão, se você que me segue aqui no Facebook tiver algo a acrescentar ou sugerir, vamos trocar informações.

E você que leu esse texto, tem algum familiar autista ou conhece alguém que tenha? Qual sua opinião sobre como está a situação hoje? Comente aqui embaixo e muito OBRIGADO.

Murilo Felix
murilofelix@gvmail.br

Administrador de Empresas pela FGV-SP
Ciência Política e Investimentos em Países Emergentes, Harvard, EUA
Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá

A fita de peças de quebra-cabeça coloridas é um símbolo mundial que
representa o mistério e a complexidade do autismo.

domingo, 12 de janeiro de 2020

OLHO POR OLHO E O MUNDO FICARÁ CEGO


Em março de 2018, um estudante de Administração da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo foi suspenso por três meses após ser denunciado por racismo; ele havia enviado uma mensagem para amigos no WhatsApp sobre outro aluno negro que ele tinha visto: "Achei esse escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!" O aluno que foi ofendido ficou sabendo da mensagem, prestou queixa na polícia e levou a situação aos gestores da instituição. Em outros casos, pessoas têm se pronunciado abertamente contra diversos outros assuntos, como homossexualidade, outros se dizem de extrema direita ou esquerda, a favor do aborto, a favor do militarismo. O que temos hoje são causas, nem sempre tão louváveis. A verdade é que as pessoas mais do que nunca parecem ser sabedoras da verdade absoluta, quando na verdade estão cada dia mais, ignorantes.

As redes sociais, na proporção em que nos traz o maior número de informações e relacionamentos possíveis, também permitem que pessoas se expressem sem regra ou pudor. Para que insultar um negro? A verdade é que a sensação de superioridade que cada um de nós temos, faz-nos menor em relação aos outros. Pior do que isso, discursos de ódio fazem parte do cotidiano, não se importa mais a verdade, mas a aparência. Não se importa mais a sociedade, mas o eu. Que resposta este aluno deveria dar a quem o ofendeu? Para muitos, a vingança. Ele seguiu diferente, mas é exceção. O que estamos vendo hoje em dia é que cada vez mais estamos no caminho do olho por olho, dente por dente, princípio jurídico da Mesopotâmia antiga, a lei de talião.

A sociedade avançou, mas o homem continua a cometer os mesmos erros de antes. Vivemos em frente, sem observar os erros que cometemos no passado.


Murilo Felix
murilofelix@gvmail.br

Administrador de Empresas pela FGV-SP
Ciência Política e Investimentos em Países Emergentes, Harvard, EUA
Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá


"Operários". Tarsila do Amaral, 1933.


"A Redenção de Cam". Modesto Brocos, 1895.




sábado, 11 de janeiro de 2020

LIMEIRA DAQUI PRA FRENTE


Por onde ando na cidade comerciantes falam com esperança de que as coisas vão melhorar, mas sempre dizem que algo tem que mudar. Quem busca uma oportunidade de emprego também pensa assim. Seja quem emprega ou o empregado, ambos sabem que a cidade precisa ir pra frente. Enquanto estudava administração eu lia sobre como o otimismo das pessoas ajuda no sucesso de uma empresa ou o pessimismo gera o inverso. É uma teoria da economia que se chama “human behavior”. Isso também acontece com a cidade. Nos últimos anos nada foi feito para o desenvolvimento econômico. Limeira anda de lado, não para a frente. Incentivos fiscais, gente pra atender empresário que seja do ramo, áreas que possam ser preparadas, propostas arrojadas, é isso que atrai interesse de indústrias e outras empresas. Há quase 8 anos não se veem investimentos por aqui. Mas se há algo que temos de bom são as pessoas, com cada limeirense que converso eu vejo vontade e esperança. 

O que eu proponho é que vejamos a cidade daqui a pra frente, podem-se criar novas soluções. O mundo está mudando, novos tipos de empregos estão surgindo. Nos Estados Unidos se fala tanto em ambientes de “Coworking”, ajudando novos empreendedores a terem ideias juntos, conectando pessoas, estudantes, empresários. Por que não se ter um ambiente com cursos técnicos que forme pessoas em funções específicas, respondendo de bate-pronto as necessidades do mercado? Tudo muda tão rápido, há pouco tempo não tínhamos startups, youtubers, e tantas outras colocações. Isso é só o começo. Conversei esses dias com um empresário em Limeira que tem intenção de criar uma escola preparando crianças para serem youtubers, isso se chama empreender. Mas nada se faz sozinho, ele precisa do apoio da cidade. Assim como ele, há outros com desejo de pensar o futuro da cidade, que já não acreditam mais no poder público como está, mas que mantêm a esperança de que algo pode mudar. Proponho a todos os meus amigos e seguidores dessa página, vamos pensar o futuro.

Foi isso que ouvi nas universidades por onde passei, nas  brasileiras FGV, PUC e USP, nas de fora do país, como HEC e HARVARD. Mas o ensino mais forte é do meu próprio trabalho, do dia a dia. Tenho expectativa que minha empresa cresça, e outras pessoas cresçam com ela. O mesmo acontece com a cidade: crescer não é algo que se experimenta sozinho. A vocês que fazem parte desse nosso grupo, que compartilham do mesmo desejo de que Limeira tenha o valor que merece, eu peço que deixem aqui embaixo sua sugestão de como podemos pensar o futuro de nossa cidade. Contem comigo e obrigado.

Murilo Felix
murilofelix@gvmail.br

Administrador de Empresas pela FGV-SP
Ciência Política e Investimentos em Países Emergentes, Harvard, EUA
Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá