sábado, 29 de janeiro de 2022

NÃO É COMIGO

 

Eu tratava com um produtor de plantas quando alguém, com quem ele falava, disse que a atribuição não era dele. Lembrei de uma situação em que a gerente de uma das nossas lojas pediu à recepcionista para que ela terminasse de passar o café que seria para os clientes. Ela também ouviu que aquilo não era com ela. Meu pai pediu que um chefe de serviço ajudasse em um vídeo promocional, foi acusado por desvio de função. Cada vez mais em todas as áreas da vida pessoas repetem essa frase: não é comigo. Cada vez mais, menos empatia. Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Está em todo lugar. Não ter empatia, não consigo pensar em algo mais destrutivo. Mesmo que algo não seja nossa responsabilidade, jamais deixará de ser nossa obrigação se importar. Ao dizer “não é comigo” estou dizendo “não me importo”. Não se importar e querer que não dê certo dá no mesmo resultado. Jesus disse que quem não é por mim é contra mim. É preciso ser ativo, os passivos são contrários. Em uma sociedade, em uma empresa, em qualquer propósito, quem não ajuda, atrapalha. Isso não pode mais ser cultivado. Escolas e faculdades não podem mais achar que sua obrigação é só transmitir conhecimentos; é também formar pessoas.


Em uma equipe aquele que se limita, aquele que não se interessa, aquele que não se integra, aquele que não passa da sua obrigação, é uma pessoa perigosa. Por não contar com ela, o time enfraquece, por contar com ela e ela se limitar o time será derrotado. Desculpem a minha reflexão. Não aguento mais ver gente assim. Estão em todo lugar. Das empresas às famílias. Das igrejas ao judiciário. Faça aos outros o que quer que lhes façam. Ajude, participe, interesse-se na medida em que gostaria de que fizessem por você. Assustam as pessoas que não se levantam, que se comportam com desdém, até quando precisam da gente. O que está acontecendo? Talvez gerações que foram sendo criadas por pais que deram tudo, por um estado que pesa em tudo, por pessoas que não reagem a nada. É comigo. Não há nada que interessa a alguém do contexto onde vivo que deva me passar despercebido. Prefiro pessoas com sal, pessoas que se importam, gente quente ou fria, gente que se importa com gente. Seja na família, seja em uma loja de comércio, seja uma brincadeira de criança, tem valor aquele que vai além do seu próprio umbigo. Se está ao meu alcance, é comigo, sem que haja necessidade de uma lei que me obrigue a isso.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

SETOR PRODUTIVO NÃO É COADJUVANTE

 A economia por si só é uma grande fonte de receitas” (Lúcio Aneu Séneca)

 

Embora a economia seja traduzida em gráficos e estatísticas, seu papel social e político é bem mais determinante que a frieza dos números. Vai além da montanha russa do mercado financeiro quando as “bombas” políticas respingam imediatamente nos valores das ações, nos índices das bolsas ou até na paralisação dos investimentos, trazendo consequências drásticas.

Dentre diversas explicações, sem dúvida a principal é que o setor produtivo é a locomotiva do nosso país. O governo não produz. É o empresário que produz, gera impostos, empregos, renda e movimenta a economia. Por isso, não pode ser tratado como coadjuvante na política. Temos que ter essa compreensão muito clara como ponto de partida se quisermos pensar de fato em alternativas para sairmos da crise em que estamos mergulhados.

Não há fórmula mágica. Se o governo não cortar na própria carne, reduzindo a carga tributária e fazendo investimentos para subsidiar o setor produtivo, não haverá outra estratégia sólida para sairmos da estagnação. O resto é só populismo sem efeito contínuo, apenas usando os menos favorecidos para marketing eleitoreiro.

Voltando ao foco propositivo deste artigo, no Estado de São Paulo, o governo implantou o parcelamento de dívidas do ICMS para setores impactados pela restrição de funcionamento e a isenção do tributo para alguns segmentos. Mas é uma ação tímida, que deveria abranger mais setores.

A receita prevista para esse ano no Estado de São Paulo é de R$ 286,7 bilhões - a maior da história paulista - e 17% acima do estimado para 2021. Portanto, há recursos para ampliar o potencial do Desenvolve SP, que é uma iniciativa louvável, mas com investimentos ainda pífios.

No Japão, vale lembrar, a alternativa para enfrentar os impactos da Segunda Guerra Mundial foi através de bancos de desenvolvimento fazendo empréstimos a juros baixos para empresários. Na Alemanha não foi diferente.

Esses exemplos comprovam que investir no setor produtivo é uma alternativa assertiva não somente para sairmos de uma crise, mas também para viabilizarmos estratégias e planos de desenvolvimento duradouros, que aumentem nossa competividade. Para isso, é necessário que os empresários se engajem neste processo.

O presidente da Suzano, Walter Schalka, foi muito feliz ao afirmar, em entrevista recente ao Estadão, que os empresários não podem ser omissos na política. Faço questão de reproduzir suas palavras porque mais do que isso, o setor produtivo precisa emprestar à política todo conhecimento e expertise para enfrentarmos os desafios de 2022 e dos anos que viverão.


Murilo Félix

Empresário, colunista e jornalista, escritor, produtor de plantas

Estudou administração pública e de empresas pela FGV

Ciência Política e Investimentos em Países Emergentes em Harvard, EUA

Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá

Atualmente é Deputado Estadual pelo Estado de São Paulo

 

JORNAL A CIDADE 7 DE JANEIRO DE 2022

COMO ASSIM NATAL E POLÍTICA?

Pode durar alguns segundos para alguns ou mais tempo para outros. Pode ser tradicionalmente à meia-noite ou ao longo do dia. A verdade é que a maioria de nós se entrega ao clima de reflexão que o Natal inspira afinal, celebramos o nascimento de Jesus, o maior exemplo de humildade, amor e dedicação ao próximo.

Talvez vocês tenham estranhado o título deste artigo, que não tem pretensão de analisar a atuação política do filho Deus em seus 33 anos junto aos homens, combatendo injustiças e lutando pelos menos favorecidos, mas sim emprestar seus ensinamentos para os dias de hoje. Isso também inclui política, ainda que muitas pessoas, decepcionadas com razão, torçam o nariz para esse tema.

Entre seus mais belos exemplos, ainda que mais de dois mil anos nos separe, Jesus nos ensinou muito sobre uma palavra que aprecio: empatia. E não é porque seu uso é uma tendência, mas porque realmente traduz o que nos torna capazes de amar o outro: se colocar em seu lugar.

Humanos e repleto de falhas que somos, nem sempre, em várias situações, somos capazes de amar instintivamente. Precisamos exercitar esse sentimento e a maneira mais assertiva para conseguir amar alguém é se colocando realmente em seu lugar, tentando pensar como alguém que viveu a sua história, suas dores e cicatrizes. Só assim, compreendendo e entendendo a visão do outro, conseguimos amá-lo. Por isso, dou tanta importância para a empatia, que é o combustível para esse exercício.

E se usamos a empatia nas mais diversas relações, na política, não deve ser diferente. Como um político vai desenvolver um projeto sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) se ele é incapaz de se imaginar no papel de uma mãe que acabou de receber o diagnóstico do filho ou de um pai que precisa reduzir o trabalho para se dedicar aos cuidados dessa criança? Como elaborar um projeto de incentivo fiscal sem se colocar no lugar do pequeno empreendedor que quase fechou as portas? Como propor uma emenda parlamentar para a saúde desconhecendo o drama de quem precisa fazer uma “via-sacra” para ter acesso ao exame para detectar um câncer?

É sobre sentimento, é sobre aquilo que nos torna humanos, como Jesus foi. Se na nossa vida íntima, familiar, profissional e em sociedade devemos ter como referência as suas lições, na política não pode ser diferente. Sem demagogia. Acredito na nova política e me sinto no dever de contribuir para que se torne realidade. Caso contrário, se nos prendermos às teorias e ao senso comum da reclamação, sem direcionar nossa indignação para algo construtivo, os ensinamentos de uma data como essa durariam apenas um dia festivo como hoje, quando na verdade são eternos.

Um Feliz Natal!


Murilo Félix

Empresário, colunista e jornalista, escritor, produtor de plantas

Estudou administração pública e de empresas pela FGV

Ciência Política e Investimentos em Países Emergentes em Harvard, EUA

Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá

Atualmente é Deputado Estadual pelo Estado de São Paulo



JORNAL CIDADE 25 DE DEZEMBRO DE 2021



A LUTA CONTRA O MACHISMO NÃO É SÓ DAS MULHERES

O Brasil assistiu com perplexidade às cenas de violência praticadas pelo DJ Ivis contra sua ex-esposa Pamella Holanda e a gravidade do que vimos infelizmente reflete um tipo de crime cotidiano, que nem sempre ganha repercussão e muitas vezes sequer entra nas estatísticas. E o que é pior: a incidência aumentou na pandemia.

 

Especialistas apontam diversos fatores associados à agressão, entre eles o machismo enraizado em nossa cultura. Talvez vocês estranhem um homem abordar esse assunto afinal, jamais senti na pele o que uma mulher sente. Porém, o combate a violência é um dever de todos nós. A voz masculina também precisa se posicionar contra o que é inadmissível, cruel e desumano!

 

Não falo apenas como deputado. Falo com pai, filho, marido, empresário. A busca pela igualdade de gêneros, na minha visão, é uma luta da sociedade e começa no nosso dia-a-dia, ficando inclusive mais atentos a todas as formas de desrespeito que infelizmente às vezes são encaradas com naturalidade. Participei recentemente de um podcast com três mulheres que citaram vários exemplos de situações que, para muitos homens e até mulheres, podem ser encaradas como brincadeiras inofensivas. Vale a pena se informar mais na minha página no facebook Murilo Félix – São Carlos afinal, a educação também é fundamental para enfrentarmos esse desafio.

 

Como deputado, também defendo avanços nas tecnologias e programas que viabilizem uma atuação mais rápida para coibir a violência e o feminicídio. Também luto por políticas públicas que tornem as mulheres mais empoderadas e independentes, pois a dependência financeira é um dos motivos que levam muitas vítimas a ficarem caladas diante da violência dentro de casa. Da mesma forma, quando busco mais creches, escolas e ensino integral para o interior, possibilitando que as mulheres tenham segurança para trabalhar fora (se assim desejarem) e buscar seu próprio sustento, estou lutando contra o machismo e a violência.

 

O caminho para reverter o machismo é longo e depende de todos nós.


Murilo Félix

Empresário, colunista e jornalista, escritor, produtor de plantas

Estudou administração pública e de empresas pela FGV

Ciência Política e Investimentos em Países Emergentes em Harvard, EUA

Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá

Atualmente é Deputado Estadual pelo Estado de São Paulo


JORNAL PRIMEIRA PÁGINA 27 DE JULHO DE 2021



quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

ERA ONDA DE FRIO, MAS SE TRANSFORMOU EM ONDA DE ESPERANÇA


Nossa região tem registrado índices extremamente baixos de temperaturas e a cada previsão ou alerta sobre os termômetros meteorológicos surgem uma série de incertezas. Refletimos desde questões globais, ambientais e econômicas, até o que é urgente: a necessidade imediata de ajudar o próximo.

Evidentemente que é dever do estado desenvolver políticas públicas de assistência efetiva às pessoas em situações de vulnerabilidade, proporcionando-lhes dignidade e meios de superar essas condições que as tornaram mais suscetíveis à fragilidade socioeconômica. Nada substitui essa responsabilidade governamental. No entanto, a complexidade desse desafio demanda, há tempos, o envolvimento da sociedade como um todo. E neste quesito, nosso povo tem uma força impressionante e um poder de organização louvável.

Se hoje estamos a mercê de desafios gigantes devido à pandemia da Covid-19 e à crise econômica que ela desencadeou, é seguro afirmar que a gravidade e o caos social seriam maiores sem o potencial voluntário do nosso país.

Mesmo com os reflexos de mais de um ano e meio de restrições, dos prejuízos enfrentados pelos comerciantes e pelos trabalhadores com perda de renda ou de vaga no mercado de trabalho, novamente o espírito de solidariedade prevaleceu nas últimas semanas com ações que envolveram desde doações de agasalhos e cobertores até o preparo de sopa e refeições entregues a quem mais precisa.

Vimos pessoas que foram ajudadas ajudando outras. Pequenos comerciantes estendendo as mãos para quem estava mais carente. Vimos campanhas nas redes sociais e nas ruas. Testemunhamos inúmeros exemplos de instituições e igrejas que há tempos preenchem lacunas sociais.


A onda era de frio, mas se transformou em onda de esperança na humanidade. Faço questão de compartilhar essa percepção não somente por ter participado e visto de perto ações neste sentido, mas também para mostrar que há mais pessoas fazendo o bem em detrimento aquelas que fazem maldades. Faço questão de enaltecê-las porque muitas vezes o barulho dos indivíduos que protagonizam cenas de desrespeito e de falta de empatia acaba tendo mais repercussão, mas são aqueles que colocam a mão na massa, e não importa como e em qual proporção, os que realmente fazem diferença na humanidade.


Estamos atravessando tempos difíceis, o mundo está em transformação e se não fossem essas pessoas, essa travessia seria bem mais difícil do que é.



Murilo Félix

Empresário, colunista e jornalista, escritor, produtor de plantas

Estudou administração pública e de empresas pela FGV

Ciência Polílica e Investimentos em Países Emergentes em Harvard, EUA

Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá

Atualmente é Deputado Estadual pelo Estado de São Paulo



JORNAL PRIMEIRA PÁGINA 8 DE AGOSTO DE 2021


EU VEJO LUZ NO FIM DO TÚNEL. E VOCÊ?

Os acontecimentos das últimas semanas, marcadas por protestos, paralisação nas rodovias, risco de desabastecimento e instabilidade econômica pioraram a perspectiva de crescimento do brasileiro. Não era para menos. E essa percepção vai além do flá-flú da política.

Estamos há quase dois anos em uma pandemia que nos abalou profundamente em todos os aspectos e ainda nos deixa a mercê das variáveis e até das mudanças e divergências das diretrizes, a exemplo do caso mais recente referente à vacinação dos adolescentes contra a Covid-19.


A disparada nos preços e a inflação são outros fatores, e talvez os mais expressivos no momento, que abalaram o humor do mercado financeiro e consequentemente ouvimos cada vez com mais frequência relatos de falta de esperança das pessoas.


Compreendo essa sensação, mas eu vejo luz no fim do túnel. E não é um otimismo em descompasso com a realidade ou tampouco com viés político. Eu realmente acredito que temos reais condições de recuperação se adotarmos estratégias de fomento a economia.


Assumi meu mandato no início desse ano, quando a gravidade da pandemia inspirava mais restrições, e lideranças de vários setores me procuraram com pedido de ajuda. Ouvi associações, representantes de vários segmentos como bares, restaurantes, profissionais de eventos, entre outros, e sempre ficou muito clara para mim a necessidade de investimento de recursos públicos para financiamento de projetos, bem como flexibilização de pagamentos de tributos desses empreendedores e prestadores de serviços. Essa equação é mais do que necessária. Ela sem dúvida faz parte da fórmula que almejamos para a recuperação.


Escrevi aqui neste mesmo espaço há alguns meses que eu acredito no potencial do nosso interior e reitero minha convicção. Como deputado estadual, sempre lutei por medidas de apoio aos empresários para o enfrentamento da pandemia e os reflexos que duram até hoje. Felizmente algumas medidas de fomento começaram a sair do papel. Os setores mais afetados, como bares e restaurantes, entre outros, terão alíquota menor de impostos. Haverá também uma nova linha para desnegativação de empresas no Estado de São Paulo. Trata-se do “Linha Nome Limpo”, que vai oferecer, a partir de outubro, crédito especial de R$ 100 milhões para empresários que ficaram com o “nome sujo” se regularizarem.


O Bolsa Empreendedor, por meio do investimento de R$ 100 milhões para apoiar 100 mil empreendedores autônomos informais em situação de vulnerabilidade, priorizando mulheres, jovens, pretos e pardos, indígenas e pessoas com deficiência, é outra fonte de esperança.


Evidentemente que ações desse porte precisam ser acompanhadas de outras, além do investimento contínuo a curto, médio e longo prazo em educação, pesquisa, qualificação profissional e aumento da competividade da nossa produção.



Murilo Félix

Empresário, colunista e jornalista, escritor, produtor de plantas

Estudou administração pública e de empresas pela FGV

Ciência Polílica e Investimentos em Países Emergentes em Harvard, EUA

Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá

Atualmente é Deputado Estadual pelo Estado de São Paulo



                                     JORNAL PRIMEIRA PÁGINA 19 DE SETEMBRO DE 2021



O INTERIOR É ROTA DA RETOMADA PÓS-PANDEMIA

“Os momentos de crise suscitam um redobrar de vida nos homens.”
François Chateaubriand

 

Estamos na reta final de mais um ano desafiador e prestes a iniciar a temporada de definição de planos, metas e sonhos. Ainda que o período típico de renovarmos as esperanças esbarre em indicadores preocupantes, como a inflação acima dos dígitos e a estagnação econômica, o potencial do interior do Estado de São Paulo inspira otimismo e traz luz no fim do túnel.


O Polo Cerâmico no qual Rio Claro está inserido registrou aumento de 46,% no número de empregos diretos criados nos últimos dez anos, passando de 7.850 em 2010 para 11.500 em 2020. Em setembro foram assinados dois novos convênios do Programa de Desenvolvimento de Rio Claro (Proderc) que irão conceder incentivos fiscais para empreendimentos comerciais de outros segmentos, gerando postos de trabalho e um investimento de R$ 5,5 milhões. Recentemente, mais 250 vagas de emprego foram abertas em um supermercado.


Eu sempre soube da força econômica de Rio Claro. Mas confesso que a maneira como enxergo esse potencial mudou, não apenas por ter me tornado deputado e ver a cidade em um contexto mais macro, mas também pelo reflexo do desafio que enfrentamos há dois anos: a pandemia da Covid-19.


Assumi meu mandato em janeiro, ainda sob o forte impacto do momento mais difícil da história recente da humanidade. Mas esse é o papel de um líder: encarar os desafios e buscar soluções. Sempre tive plena convicção da minha meta, que é auxiliar o interior do Estado de São Paulo. E, naquele primeiro momento, a prioridade foi ajudar Rio Claro com  recursos para a saúde, mas podemos e devemos avançar em outras áreas. 


Seria superficial abordar qualquer assunto sem fazer conexão a esse momento que obrigou todos nós a enxergarmos a vida, sob todos os ângulos, de outra forma, de maneira mais profunda. E o meu olhar hoje é de esperança. Não aquela que parece receita de bolo, de frases de efeitos prontas ou da “ditadura” da positividade, mas uma esperança real, objetiva e focada!


Amargamos ainda e muito os estragos da pandemia que deixarão cicatrizes, mas ouso-lhes dizer que já estamos muito próximos do fechamento deste pior ciclo. Felizmente a vacinação avançou e não há outro caminho agora que não passe por vislumbrar a retomada da economia do interior e dela todos os avanços que precisamos. 


Não se trata de romantizar esse momento difícil, mas sim de trabalhar de maneira produtiva porque em um ponto, mesmo com tantas divergências e polarizações, somos unânimes: o interior é rota obrigatória da retomada pós-pandemia!


Murilo Félix

Empresário, colunista e jornalista, produtor de plantas

Estudou administração pública e de empresas pela FGV

Ciência Política e Investimentos em Países Emergentes em Harvard, EUA

Administração Financeira e Marketing pela HEC Montréal, Canadá

Atualmente é Deputado Estadual pelo Estado de São Paulo



JORNAL CIDADE 11 DE DEZEMBRO DE 2021