terça-feira, 31 de março de 2020

NO ÚLTIMO DOMINGO NOSSA FILHA LUÍSA COMPLETOU UM ANO DE VIDA


Não fizemos festa, ficamos em casa. Comemoramos do nosso jeito. Minha mulher e eu ficamos refletindo: o que vamos contar a ela quando ela crescer sobre o que aconteceu no mundo inteiro em seu primeiro ano de vida.
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Pensar em si exige pensar nos outros. A história do Coronavírus marcará a história de muita gente. Difícil não pensar na minha bisavó, no meu avô e nos meus pais. Difícil não pensar em quem trabalha na saúde. Já se colocou no lugar de quem sai de casa para enfrentar o contato com pessoas doentes? E as famílias deles? Eles voltam pra casa todos os dias de lugares que não queremos ir. São enfermeiros, médicos, cozinheiras, quem trabalha na limpeza, recepcionistas. A gente olha diferente para quem simplesmente chega da rua. E quem chega dos hospitais? Eles também tem família. E fazem do cuidar da família dos outros o seu ofício.
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Direi a minha filha que milhares de pessoas anônimas lutaram uma guerra quando ela tinha só um ano. Que as pessoas ficavam em casa pra se proteger enquanto outras expunham suas próprias vidas. Mas eles fazem isso sempre. Apenas agora percebemos mais. Apenas agora dependemos mais deles. Feliz aniversário, minha filha. Um dia prometo que você saberá quantos fizeram parte do seu primeiro aniversário. Porque é como se estivéssemos todos juntos. Estranho pensar assim, mas foi ficando separados que percebemos que estamos mais juntos do que podemos imaginar.
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Quem disse que sua festa teve só sua mãe e eu? Não estamos sozinhos se pensamos nos outros. O que a Luísa vai ser quando crescer? Saudável, graças a Deus. Qual profissão? Eu só sei que seja qual profissão for, ela saberá que todos dependemos, em algum momento, daqueles que cuidam da nossa saúde. E que a nossa saúde está também ligada à saúde dos outros. Como a felicidade. Dá pra ser feliz sabendo de gente sofrendo? "A si mesmo como ao próximo". Dá para empregados e patrões lembrarem que estão juntos? Dá para governos e população se unirem? Parece que tudo estava escrito em algum lugar. Sempre esteve. Ela vai aprender isso um dia. Eu me lembrei disso hoje. Ela só tem um ano e já me fez aprender bastante.


sábado, 21 de março de 2020

CORONAVÍRUS EM LIMEIRA


As medidas de saúde que todas as cidades tomaram, também foram tomadas em Limeira. Mas não era pra ser só isso. A saúde é mais importante, mas isso não exime a prefeitura de tomar medidas de contenção de gastos como todas as empresas.
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* cortar o número de comissionados;
* reduzir contratos milionários como o da Forty ( 28,6 milhões de reais ao ano para a poda de mato que a gente vê aí) em outras cidades maiores que Limeira não chega à metade;
* Corte dos gastos com propaganda e promoção da prefeitura;
* voltar o programa de incentivo fiscal como no governo Félix;
* voltar o programa de microcrédito que existia também no governo Félix;
* adiar o pagamento do IPTU ( como várias cidades estão fazendo);
* apoio incondicional a geração de empregos, inclusive com estudos jurídicos sobre como ficarão os conflitos como aluguel, trabalhistas, impostos. É missão do poder público propor propor soluções e cortar na sua própria carne.
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DE ONDE VIRIA O DINHEIRO?
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* Cargos Comissionados: 20 milhões no ano;
* Contratos semelhantes ao da Forty: 15 milhões no ano;
* Gastos com propaganda: 5 milhões.
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Só aí a prefeitura teria 40 milhões para investir no incentivo ao comércio, fora o desconto em imposto. Lembrem-se que só de merenda escolar a prefeitura vai economizar perto de 15 milhões de reais neste ano.
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* E mais: cancelar os pedidos de empréstimo!
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Botion deveria cancelar todo pedido de empréstimo que ele fez, na ordem de 112 milhões de reais! Fora que os juros terão que ser totalmente renegociados. Não é hora de endividar a prefeitura.
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Agora é hora de estado forte de líderes públicos que apresentem maneiras de minimizar o sofrimento que todos terão. Os governos precisam fazer sua parte na administração como toda empresa. Não só medidas de saúde, medidas de administração também. E aí poder socorrer, apoiar os empreendedores. Quando tudo passar é o empreendedor que voltará a gerar empregos. É na porta dele que o governo tem que bater já.
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Essa é a minha opinião.
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