O prefeito eleito de São Paulo, João Dória, anunciou no Estadão, 28/10/16 pág. A14, que planeja transformar duas áreas da cidade em parques, com concessão para a iniciativa privada. Idéia interessante. Assim a prefeitura pode economizar em investimento, melhorar infraestrutura e mais, dar mais acesso para a população a mais áreas verdes.
Frequentar parques faz bem à saúde, reduz estresse, serve para realização de eventos, ponto de encontro de familiares, amigos, prática de esportes, caminhadas. As cidades reconhecidas como as melhores para se viver no mundo são aquelas, que entre outros fatores, também investiram muito em parques, como Viena (Áustria) e Munique (Alemanha). Nova York, que tem como cartão postal seus arranha-céus, é famosa também pelo Central Park (Parque Central), frequentado por muitas pessoas.
Fazer treinos no parque é muito bom. Corrida, caminhada, alongamento, pilates, yoga, ou qualquer outro esporte. Treinar no parque faz bem para o corpo, faz bem para a alma. No PARQUE DA CIDADE em Limeira, por exemplo, as pessoas andam de skate, fazem corridas, piqueniques, andam de bicicleta.
No governo Félix houve a construção de três parques em Limeira: o PARQUE JARDIM DO LAGO, o PARQUE DA CRIANÇA e o PARQUE DA CIDADE. Além disso, foi realizado projeto para implantação do PARQUE BARROCA FUNDA. O HORTO FLORESTAL foi restaurado e novas atrações foram implantadas, como o Jardim Bíblico, o Zoológico, o Museu da Mata Brasileira.
Um bom prefeito constrói parques, dá mais acesso a áreas verdes. Dória está certo de fazer mais parques para a população. Sílvio Félix estava certo quando construiu os parques em Limeira.
O TEMPO NOS PARQUES
Vinícius de Moraes. Rio de Janeiro, 1954
O tempo nos parques é íntimo, inadiável, imparticipante, imarcescível.Medita nas altas frondes, na última palma da palmeiraNa grande pedra intacta, o tempo nos parques.O tempo nos parques cisma no olhar cego dos lagosDorme nas furnas, isola-se nos quiosquesOculta-se no torso muscular dos fícus, o tempo nos parques.O tempo nos parques gera o silêncio do piar dos pássarosDo passar dos passos, da cor que se move ao longe.É alto, antigo, presciente o tempo nos parquesÉ incorruptível; o prenúncio de uma aragemA agonia de uma folha, o abrir-se de uma florDeixam um frêmito no espaço do tempo nos parques.O tempo nos parques envolve de redomas invisíveisOs que se amam; eterniza os anseios, petrificaOs gestos, anestesia os sonhos, o tempo nos parques.Nos homens dormentes, nas pontes que fogem, na franjaDos chorões, na cúpula azul o tempo perduraNos parques; e a pequenina cutia surpreendeA imobilidade anterior desse tempo no mundoPorque imóvel, elementar, autêntico, profundoÉ o tempo nos parques.
Alongamento no Parque |
Jornal Estado de São Paulo - Estadão - Caderno Metrópole, Pág. A14, 28/10/2016. |