quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A IMPORTÂNCIA DOS PARQUES PARA A CIDADE

O prefeito eleito de São Paulo, João Dória, anunciou no Estadão, 28/10/16 pág. A14, que planeja transformar duas áreas da cidade em parques, com concessão para a iniciativa privada. Idéia interessante. Assim a prefeitura pode economizar em investimento, melhorar infraestrutura e mais, dar mais acesso para a população a mais áreas verdes.

Frequentar parques faz bem à saúde, reduz estresse, serve para realização de eventos, ponto de encontro de familiares, amigos, prática de esportes, caminhadas. As cidades reconhecidas como as melhores para se viver no mundo são aquelas, que entre outros fatores, também investiram muito em parques, como Viena (Áustria) e Munique (Alemanha). Nova York, que tem como cartão postal seus arranha-céus, é famosa também pelo Central Park (Parque Central), frequentado por muitas pessoas.

Fazer treinos no parque é muito bom. Corrida, caminhada, alongamento, pilates, yoga, ou qualquer outro esporte. Treinar no parque faz bem para o corpo, faz bem para a alma. No PARQUE DA CIDADE em Limeira, por exemplo, as pessoas andam de skate, fazem corridas, piqueniques, andam de bicicleta.

No governo Félix houve a construção de três parques em Limeira: o PARQUE JARDIM DO LAGO, o PARQUE DA CRIANÇA e o PARQUE DA CIDADE. Além disso, foi realizado projeto para implantação do PARQUE BARROCA FUNDA. O HORTO FLORESTAL foi restaurado e novas atrações foram implantadas, como o Jardim Bíblico, o Zoológico, o Museu da Mata Brasileira.

Um bom prefeito constrói parques, dá mais acesso a áreas verdes. Dória está certo de fazer mais parques para a população. Sílvio Félix estava certo quando construiu os parques em Limeira.


O TEMPO NOS PARQUES 
Vinícius de Moraes. Rio de Janeiro, 1954

O tempo nos parques é íntimo, inadiável, imparticipante, imarcescível. 
Medita nas altas frondes, na última palma da palmeira
Na grande pedra intacta, o tempo nos parques.
O tempo nos parques cisma no olhar cego dos lagos
Dorme nas furnas, isola-se nos quiosques
Oculta-se no torso muscular dos fícus, o tempo nos parques.
O tempo nos parques gera o silêncio do piar dos pássaros
Do passar dos passos, da cor que se move ao longe.
É alto, antigo, presciente o tempo nos parques
É incorruptível; o prenúncio de uma aragem
A agonia de uma folha, o abrir-se de uma flor
Deixam um frêmito no espaço do tempo nos parques.
O tempo nos parques envolve de redomas invisíveis
Os que se amam; eterniza os anseios, petrifica
Os gestos, anestesia os sonhos, o tempo nos parques.
Nos homens dormentes, nas pontes que fogem, na franja
Dos chorões, na cúpula azul o tempo perdura
Nos parques; e a pequenina cutia surpreende
A imobilidade anterior desse tempo no mundo
Porque imóvel, elementar, autêntico, profundo
É o tempo nos parques.

Alongamento no Parque

Jornal Estado de São Paulo - Estadão - Caderno Metrópole, Pág. A14, 28/10/2016.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O PREFEITO TEM QUE VALORIZAR OS EMPREENDEDORES

O Brasil hoje possui 11 milhões de desempregados e mais alguns milhões que fazem bicos, não são desempregados mas vivem em condições não estáveis e precisam de um emprego formal. Se for feito uma análise proporcional, Limeira tem mais ou menos 12 mil desempregados. O prefeito eleito tem que criar novos postos de trabalho, dar incentivo para que as empresas façam contratações e fomentem o mercado interno. Nesse ponto os pequenos e médios empreendedores são fundamentais.

No governo Félix havia a "Empresa Fácil" que tornava a prefeitura menos burocrática, facilitando a obtenção de documentos, a regularização de empresas e também reduzindo o prazo de abertura de empresas. Esse trabalho precisa voltar dando apoio a empreendedores urbanos e rurais. No governo Félix também foi criado o Banco de Limeira, direcionando R$ 2 milhões para o microcrédito. Muitos empresários e empreendedores limeirenses se beneficiaram dessa iniciativa, inclusive contratando mais funcionários. Esse banco é fundamental para dar incentivo e promover a economia da cidade, inclusive nesse período de crise. Ocorre que no atual governo Hadich este programa está suspenso.

Além disso, a prefeitura tem que dar desconto em impostos, como IPTU e ISS e incentivar a realização de eventos que divulguem Limeira e as empresas que atuam nela, como a ALJOIAS, a LIMEIRA PACTHWORK, entre tantos outros. Eventos como estes trazem recursos pra cidade, divulgam o turismo local, promovem o empreendedor, geram emprego.

O prefeito eleito tem que ser parceiro dos empreendedores. Deve ficar lado a lado daqueles que mais auxiliam o comércio na cidade e mais contratam pessoas. É preciso que seja um aliado do empreendedor. Deve ter um programa como o "Empresa Fácil" promovendo a inovação aberta, que dá espaço para que empreendedores encontrem soluções para a cidade.

Limeira precisa voltar a ter credibilidade para os investidores e empreendedores e a gestão na prefeitura é fundamental para que isso aconteça.



Referências:
(1) Notícia do Bom Dia Brasil - Globo - Desemprego no Brasil atinge 11,4 milhões
(2) Jornal da Globo - Brasil tem 11,4mi de Desempregados segundo IBGE - 05/2016
(3) Desemprego fica em 11,6 milhões conforme IBGE

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

PEC 241 - UM LIMITE PARA OS GASTOS PÚBLICOS

Toda dona de casa sabe que precisa gastar menos do que ganha. Essa conta todos os brasileiros fazem mensalmente para não entrarem no vermelho. Empreendedores fazem o mesmo na gestão do seu negócio, mas não é o mesmo que os governantes fazem na administração pública.

A PEC 241 vem para reequilibrar as contas da União e dar um teto de gastos para que o país não fique muito endividado, é uma das principais propostas do Presidente Temer para viabilizar seu governo e recuperar a economia brasileira e estabelecerá um Novo Regime Fiscal, nele as despesas públicas não poderão aumentar acima da inflação oficial do ano anterior, isso valerá por 20 anos.

Hoje a dívida bruta supera 70% do PIB e pode chegar a 132% em 2026 (3); nos Estados Unidos, por exemplo, a dívida bruta é 21% do PIB e está projetada para alcançar 23% em 2016 (1). Essa PEC vem para por fim à sequência de rombos nas contas públicas e trazer o Brasil a uma realidade mais próxima dos países desenvolvidos em relação à gestão pública, dando maior credibilidade frente aos investidores estrangeiros que pretendem investir no Brasil.




Os que são contrários reclamam que essa PEC irá reduzir gastos na educação e saúde, na verdade o corte será em todas as áreas. Proporcionalmente os gastos na saúde e educação devem ser mantidos, dependendo do gestor. A questão não é só ter dinheiro, mas fazer a boa gestão desse recurso. Além disso, a PEC fixa apenas um piso mínimo e não há nada que impeça que o orçamento para Educação e Saúde suba acima da inflação, desde que se respeite o teto global. Assim, se o governo gastar menos em outras áreas, poderá aumentar os recursos para educação e saúde.

Sobre gastos públicos, o Professor da FEA/USP Simão Silber em entrevista a Globo News disse que "dá pra fazer mais com o mesmo dinheiro; o problema é muito mais de gestão"; a verdade é que os gestores públicos serão forçados a aprimorar o modelo de gestão, assim como os empresários fazem. Com esse limite, os governantes terão que analisar melhor onde colocar os recursos públicos e como gastá-los.

Esse teto é fundamental para recuperar a economia, tanto que a PEC é tida como algo positivo para o investidores; sua aprovação sinaliza um compromisso público nacional para o controle de gastos, o que aumenta o investimento externo no país, gera mais emprego e reduz oscilações inflacionárias. Já se ela não for aprovada, o governo terá que subir ainda mais os impostos.

A verdade é que, como disse o Dr. Samuel Pessôa, economista do Ibre/FGV, a PEC do Teto vai forçar o país a fazer reformas, ela é um remédio amargo, mas necessário (4). É preciso que os governantes tenham a mesma consciência que todos nós temos ao administrar nossas contas, é preciso gastar menos do que se recebe, é preciso saber onde e como gastar.


Referências:
(1) Congressional Budget Office, "Updated Budget Projections: 2016 to 2026," March 2016.
(4) Jornal O Estado de São Paulo - Estadão. 23/10/16. Caderno Economia, págs. B4, B5 e B6.
(5) Análise da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados.