quinta-feira, 14 de julho de 2016

HABITAÇÃO: QUEM PRECISA DE CASA PODE SER EMPREENDEDOR DO SEU PRÓPRIO IMÓVEL

No governo passado houve o cadastramento das famílias que não tinham casa. Depois disso 3 mil unidades foram criadas. Hoje a necessidade é de 10 mil. O que explica isso? Ocorre que hoje não há mais loteamentos populares e poucos empresários e loteadores compraram todas as áreas em volta de Limeira, o que faz com que os preços do metro quadrado sejam sempre altos. Limeira virou uma ilha de especulação.

Hoje o preço mais baixo de um terreno é mais de R$ 1.000,00 por mês e quase todos estão em condomínios fechados, onde a família tem que pagar IPTU mais caro e condomínio, o valor total com a prestação passa de 2.000 reais por mês. Para quem já paga aluguel, energia, água e IPTU onde mora, gastando quase 1.000 reias por mês, precisaria no total de 3.000 reais mensais com a compra de um lote. Quem tem R$ 3.000 por mês pra gastar com sua habitação não é pobre!

Nessa nova idéia a pessoa seria o EMPREENDEDOR DO SEU PRÓPRIO LOTE. A Prefeitura, em associação com os moradores, compra a área necessária, o morador paga o custo. A área deve ser em módulos, em regiões diferentes. A Prefeitura providencia a regularização do loteamento, cumprindo exigências municipais, estaduais e federais.

Quando começar a instalação de energia, asfalto, água, esgoto, o proprietário paga mensalmente a despesa. Não haverá lucro imobiliário, nem imposto ou taxa, por isso será bem mais barato. Os projetos das casas serão cedidos com propostas variadas para cada um escolher o desenho de seu imóvel, as casas não precisam ser todas iguais. Cada pessoa começará a construir com financiamento para o material de construção, seja em mutirão com a família ou contratando pedreiros, serventes, eletricistas, encanadores, e outros, de Limeira mesmo, gerando emprego e movimentando lojas de materiais de construção da cidade, ao contrário dos grandes incorporadores que vêm de fora.

Como exemplo, num cálculo ilustrativo, em uma área que custasse 20 milhões de reais, onde seria possível aproximadamente empreender 4 mil lotes. Para cada família custaria em média R$ 5000,00; que poderia ser dividido em 36 prestações de até R$ 140,00. Assim, a família é dona. Iniciando a construção da infraestrutura ela volta a pagar o valor parcelado. Assim que puder tomar posse do lote, construirá a sua casa de acordo com suas posses, seguindo o projeto estabelecido. Logo, poderá sair do aluguel e investir para a sua casa.

As áreas não seriam todas juntas para que o desenvolvimento ocorresse de forma harmônica e com comércio, saúde, educação e segurança. Qualquer família poderá comprar desde que não tenha outro imóvel e seja residente em Limeira; quanto à renda, será flexível, basta comprovar que se trata de uma família popular. Cada um será o empreendedor do seu lote. Será seu próprio loteador e construirá sua casa. Sem favor de ninguém. O que existe hoje é um sistema retrógrado e medíocre.

O Programa Minha Casa, Minha Vida continuará também, mas ninguém terá que ficar esperando por um sorteio, pela sorte, ou pela indicação de um político. O único pré-requisito é ser morador de Limeira há mais de 5 anos e não possuir nenhum bem imóvel em nome de ninguém daquela unidade familiar.

Para resolver nosso problema habitacional tem que se garantir acesso a todos que precisam e essa é a melhor maneira, já que fica mais barato para quem adquire a casa e também para o poder público, que atua como associado. É mais inteligente, eficiente, sem burocracia, é mais justo. Não é difícil de fazer. E só não é feito porque contraria o interesse de alguns que ganham muito com a omissão do poder público e a necessidade das pessoas. NESSA IDÉIA ESSAS FAMÍLIAS NÃO SÃO MUTUÁRIOS, SÃO EMPREENDEDORES. Não vejo solução hoje para a habitação popular.



Foto Ilustrativa