quarta-feira, 29 de junho de 2016

MICROCRÉDITO: EMPRÉSTIMO JUSTO


O microcrédito, idealizado pelo indiano Yunus, é ideal para empreendedores pequenos e individuais que desejam crescer com seu negócio e precisam de um empréstimo, seja para comprar materiais, equipamentos ou melhorar o ambiente, mas não conseguem nos bancos comerciais.

As instituições que dão esse empréstimo funcionam como bancos, mas não abrem conta corrente ou pagam contas, apenas fazem o empréstimo e operam por meio de outros bancos. O empréstimo varia normalmente de R$ 200,00 a R$ 15000,00; de acordo com a necessidade da pessoa. Prazo de pagamento varia de 04 a 36 meses, em alguns casos com uma carência nos primeiros meses.

Para o pequeno empresário a principal vantagem é a facilidade de conseguir o empréstimo sem burocracia, mas precisa não ter seu nome ou do conjugue em cadastros de inadimplentes, como SERASA e SCPC. A taxa de juros varia entre 2% e 3% ao mês. O que pode contribuir para uma queda ainda menor nos juros é o empréstimo coletivo, em que dois ou mais pequenos empresários tomam empréstimo assumindo ambos a mesma responsabilidade.

No Brasil alguns bancos comerciais oferecem microcrédito, mas normalmente com taxas maiores, a Prefeitura tem condições de fornecer com melhores oportunidades. Curitiba, por exemplo, fez isso nas "Agências Curitiba", dentro de espaços empreendedores, em que ao obter o empréstimo, o empreendedor passa por cursos e tem um acompanhamento contínuo de como melhorar a eficiência do seu negócio. Muitas empresas, como restaurantes do Bairro Santa Felicidade (Bairro tradicional italiano) quanto comércios do centro tradicional de Curitiba, foram beneficiados, a economia e o turismo local ganharam muito com isso.

Em Limeira, o governo Félix criou o Banco de Limeira, direcionando R$ 2 milhões para o microcrédito. Dezenas de empresários e empreendedores limeirenses se beneficiaram dessa iniciativa. Esse banco é fundamental para dar incentivo e promover a economia da cidade, inclusive nesse período de crise, mas no atual governo Hadich o programa está suspenso.

O microcrédito é tão importante para o ânimo da economia, que o Presidente Michel Temer, conforme noticiado na Folha de São Paulo de hoje, 26/06/16, decidiu ampliar a oferta de microcrédito no valor de R$ 4 bilhões. O momento é de crise e vulnerabilidade social, exige ação do poder público. O governo do Estado de São Paulo também destina recursos para as cidades para o microcrédito por meio do Banco do Povo Paulista, são parcerias feitas com as Prefeituras, que têm que administrar e divulgar.

A Prefeitura tem que dar incentivos, precisa usar os recursos do Banco do Povo Paulista dando microcrédito com dinheiro do governo do Estado e tem que voltar com o banco do microcrédito municipal dando empréstimos para pequenos comerciantes, pequenos empresários com faturamento anual de até R$ 240.000,00. A lei já foi aprovada pela Câmara Municipal, o Banco já foi criado, o recurso já foi destinado. O que falta é vontade e coragem para re-abrir o Banco de Limeira, com empréstimos pelo Microcrédito.

Prédio onde funcionava o Microcrédito - Banco de Limeira

Referência:

terça-feira, 28 de junho de 2016

O QUE O AUTISTA PRECISA

Antes de responder ao título é preciso dizer o que é o autismo, quais são seus possíveis tratamentos e a quem cabe a responsabilidade. Inicialmente se fôssemos usar uma única palavra para o autismo, ela seria respeito.

O autismo é um transtorno neurológico em diversos graus e aparece pela primeira vez durante a infância ou adolescência. A pergunta que se faz quando se descobre que seu filho foi diagnosticado com autismo é o que fazer? Onde e como fazer o tratamento? O que sabemos é que quanto antes começar o tratamento, melhor.

O tratamento é obrigação do Estado, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) garante o direito à educação regular e tratamento médico às crianças e adolescentes especiais, tanto que em 2011, na parte da saúde, o Ministério da Saúde instituiu, por meio da Portaria nº 3.088/2011, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Só que o CAPS não tem condições de atender as condições próprias do autismo, que é múltiplo e complexo, não pode acontecer junto a esquizofrênicos e dependentes químicos. O CAPS funciona como um ambulatório, dá atendimento médico a surtos e faz diagnósticos, trata a saúde. Para o autista é preciso também um tratamento educacional e psicossocial. Todo ser humano, inclusive os especiais, não precisa só de saúde, mas de convivência social e educação.

No governo Félix foi ampliado o CEMA (Centro de Especialização Municipal do Autista), com recursos do SUS, que fazia um tratamento contínuo educacional e psicossocial; metodologia TEACCH, com rotinas organizadas e previsíveis. Hoje o CEMA ainda não atende toda a demanda da cidade e não recebe a atenção que precisa. Os funcionários não recebem hora extra e, assim como os pais, estão desmotivados; pacientes especiais não recebem tratamento adequado. O CEMA precisa de investimento, as acomodações não atendem mais; o autista tem que ter inclusão, como faz a APAE e ARIL em outros casos.

Nesse governo as terapias não estão sendo aplicadas. Falta profissionais, as monitoras tem banco de horas e não estão indo. A Prefeitura tem que pagar hora extra. A identificação da pessoa, o estimulador pedagogo, é muito importante. Para o autista tudo tem que ser previsível, a rotina é essencial e a falta do funcionário causa um transtorno imenso para essa criança. A Prefeitura prefere causar um transtorno imenso ao autista para economizar alguns reais, semelhante ao que fez nas creches: economizaram alguns reais não pagando as horas extras das monitoras e causaram um prejuízo imenso aos pais. A infraestrutura do CEMA está precária, estão fazendo tratamentos na garagem, não há material, não há fonoaudiólogo, acompanhamentos psicológicos. O CEMA tem que funcionar.

Limeira precisa de uma escola que tenha um sistema que integre diversos profissionais, inclusive da saúde, que faça a interação de especialistas no tratamento e educação desses autistas, a "Clínica Escola", que tenha como principais objetivos:
  • Ajudar as famílias a compreenderem e lidarem com o autismo;
  • Dar aprendizado e capacidade ao autista para solucionar problemas;
  • Diminuir os comportamentos que atrapalham o aprendizado;
  • Inclusão social e experiências do cotidiano, desenvolvimento social e comunicação;
  • Reduzir riscos no desenvolvimento psíquico das crianças;
  • Acompanhamento médico.
Tem que garantir acesso à educação especializada para autistas sem limite de nível de instrução ou limite de idade. Os professores devem ser treinados para educar autistas, com o acompanhamento especializado, como de fonoaudiólogos, psicólogos, psiquiatras, pedagogos, neuropediatra, nutricionistas, fisioterapeutas. Entre as práticas do Clínica Escola estão a equoterapia, a natação, o cinema para autistas, a fisioterapia, acompanhamento alimentar, a terapia ocupacional, terapias comportamentais (como a ABA - Applied Behavior Analysis - e a TEACCH - Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children), e para aqueles que não conseguem falar a terapia PECS (Picture Exchange Communication System). É disso que o autista precisa.

Informações sobre as diretrizes do Ministério da Saúde: Cartilha do Ministério da Saúde no Tratamento ao Autismo




Fita de quebra-cabeça colorido, símbolo mundial da conscientização do autismo

quinta-feira, 23 de junho de 2016

NATUREZA HUMANA

NATUREZA HUMANA. Gazeta de Limeira, 04-12-15, Pág. 02. Ninguém é superior a ninguém porque se alguém o for, será justamente quem deverá servir ou se mostrar grande por sua humildade. Esse é grande. 

Já o perdão é a chave mestra para todo relacionamento. E sem perdão não existe compreensão. Sem ele ninguém se colocará de fato no lugar do outro, e aí não é sociedade, será o ser humano isolado. Entendi o texto de Roberto Lucato na Gazeta e decidi compartilha-lo. Já faz algum tempo, mas esse texto é muito oportuno e ainda nos vale muito.


Publicação Original em meu Perfil no Facebook



GOVERNO HADICH NÃO TEM METAS

Tem uma lei que obriga o prefeito a apresentar um PLANO DE METAS apontando o que planeja fazer. Esse plano deve ser aprovado em audiências públicas e discutido com vereadores e com a população. Afinal é preciso que haja planejamento e cronograma do que o prefeito vai fazer.

Senão não se sabe o que cobrar e ele faz o que quer e não respeita vereadores e não dá satisfação à cidade. O presidente da Câmara Municipal Nilton Santos foi firme em cobrar do prefeito o cumprimento da lei e o mínimo de RESPEITO À CIDADE. Vejam o vídeo.