Eu aprendi que na política devemos mostrar resultado às pessoas. Na verdade, o maior resultado é o crescimento econômico, claro que de forma sustentável. Com isso se diminui a pobreza, aumenta o consumo, as famílias pagam plano de saúde, viajam, os filhos estudam, vão pra universidade, trabalham. Isso não é de hoje. Desde sempre a economia esteve à frente da opinião pública.
Na Roma antiga os cinco bons imperadores romanos foram assim considerados pois proporcionaram à Roma estabilidade econômica e prosperidade. Esses imperadores foram Nerva, Trajan, Hadrian, Antoninus e Marcus Aurelius, governaram entre 96 d.c. a 180 d.c.; anos se passaram, mas essa máxima ainda é verdadeira. Quando Bill Clinton concorreu à Presidência dos Estados Unidos contra George Busch (pai), o que ele mais tinha eram assuntos para criticar, Busch estava indo para a reeleição, ele tinha 90% de aprovação no início do ano, mas viu seu apoio cair muito após ordenar uma invasão ao Iraque. Será que foi a invasão o problema em um país que sempre apoiou ações militares?
Clinton teve a intenção de se posicionar contra a Guerra do Golfo, na verdade não era o caminho correto. O motivo real da insatisfação do eleitor americano era outro e James Carville soube lidar bem com isso. Seu estrategista político soltou a seguinte frase: “É a economia, estúpido!”
Na verdade, o que todos nós queremos é que as coisas funcionem, pagar nossas contas e sermos felizes com nossas famílias. Na Argentina, Cristina Kirchner teve popularidade por um tempo pois saiu de um peso pareado com o dólar para uma de moeda mais fraca proporcionando mais exportações e aumentando o PIB argentino.
O principal é a economia. No Brasil, essa premissa tão básica parece estar distante do pensamento de muitos políticos, prefeitos, governadores e até presidentes da república. Alguém tem que dizer a todos mais uma vez: "é a economia, estúpido".