Em pouco tempo, teremos mais idosos que crianças. O governo federal tem um deficit de R$ 3 trilhões na previdência. Se não houver reforma, em 20 anos ela passará a consumir 87% da receita da União. A reforma é necessária. Por outro lado, é fundamental que a população não perca os benefícios garantidos pela nossa Constituição Federal.
Pra isso, o que falta é melhorar a eficiência da administração na previdência. O próprio INSS muitas vezes não reconhece contribuições devidamente feitas, acaba sendo necessário que a pessoa entre com um processo administrativo ou até judicial para conseguir se aposentar. Não há transparência nas ações do INSS. O sistema é muito burocrático e as análises são demoradas. O governo federal deve criar um novo modelo de gestão da previdência que seja eficiente, inclusive combatendo fraudes.
Além disso, grandes companhias rurais deveriam pagar como todas as empresas fazem. O recurso que o INSS recebe pode e deve ser aplicado gerando rendimentos. Isso ocorre com a previdência privada, por exemplo, em que o dinheiro que o banco recebe é aplicado e gera rendimentos ao banco enquanto esse recurso não é destinado novamente à fonte pagadora.
Além disso, grandes companhias rurais deveriam pagar como todas as empresas fazem. O recurso que o INSS recebe pode e deve ser aplicado gerando rendimentos. Isso ocorre com a previdência privada, por exemplo, em que o dinheiro que o banco recebe é aplicado e gera rendimentos ao banco enquanto esse recurso não é destinado novamente à fonte pagadora.
Deve-se reduzir impostos pois aliviam empresas e ajudam a reduzir sonegação à previdência, por isso a reforma na previdência deveria ser acompanhada da Reforma Tributária. E ambas devem ser feitas dando incentivo para que autônomos e pequenos empresários possam participar do recolhimento de INSS.
É importante que a previdência seja igual para todos, não fazer diferença entre aqueles que trabalham no setor privado e público, afinal dinheiro é matemática não filosofia. Também não se pode mais permitir o acúmulo de benefícios e o INSS precisa combater com mais eficiência esse tipo de atitude.
É importante que a previdência seja igual para todos, não fazer diferença entre aqueles que trabalham no setor privado e público, afinal dinheiro é matemática não filosofia. Também não se pode mais permitir o acúmulo de benefícios e o INSS precisa combater com mais eficiência esse tipo de atitude.
Por fim, não se tem uma diferença muito relevante entre contribuintes de 49 anos e 8 meses e outros de 50 anos, por isso é preciso que a transição seja feita priorizando aqueles que já contribuíram e estão próximos de se aposentar. O que não pode é reduzir os benefícios de quem já passou a maior parte da sua vida contribuindo e está prestes a se aposentar.
Tudo isso deveria ser tentando antes de mexer somente na contribuição e exercício do direito. Reforma previdenciária não é apenas aposentar mais tarde, é principalmente tornar o governo mais eficiente.
Tudo isso deveria ser tentando antes de mexer somente na contribuição e exercício do direito. Reforma previdenciária não é apenas aposentar mais tarde, é principalmente tornar o governo mais eficiente.
Fontes
G1: Dívida da Previdência Pode Chegar a 3 Trilhões
G1: Governo aumenta previsão de rombo do INSS para R$ 10 trilhões em 2060
G1: Dívida da Previdência Pode Chegar a 3 Trilhões
G1: Governo aumenta previsão de rombo do INSS para R$ 10 trilhões em 2060